Alma e uma imensidão de escuridão com José Vieira

Vencedor da primeira edição do concurso promovido pela Troficolor, Denim Young Contest, o jovem José Vieira esteve, pela terceira vez consecutiva, no Portugal Fashion. José Vieira tem vindo a dar cartas no mundo da moda e prova disso foi a sua presença nesta edição, com uma coleção inspirada, pela primeira vez, numa experiência pessoa: um relacionamento amoroso.
“O amor mata-nos e devolve-nos a nossa alma, a uma imensidão de escuridão”, disse, em jeito de descrever aquilo que o inspirou para a criação das suas roupas.
 
 
Conjugou, assim, o contraste entre o lado bom e mau do amor, a alegria e o sofrimento que provoca, assim como a capacidade que tem em evocar os céus e o inferno. “O céu no lado bom, o inferno quando o relacionamento termina”, explica. Por se tratar de uma inspiração pessoal, afirma que “esta terceira experiência no Portugal Fashion foi ainda mais importante”.
José Vieira disse que ver desfilar os seus coordenados lhe tem trazido muitas vantagens. Por um lado, afirma “o talento e o profissionalismo” e, por outro, deixa-o, a nível pessoal, mais motivado e com vontade de fazer “mais e melhor”.
 
 
Para o futuro, o jovem espera continuar a levar as suas coleções a desfilar pelas passerelles, mas também fazer-se emancipar no mercado de trabalho “para além da marca” que possui.

 

 

 

"O amor mata-nos e devolve a nossa alma a uma imensidão de escuridão. O que te posso dizer passado quando o presente não o vejo; o que posso viver quando o passado foi levado contigo – tu que és do mundo, tu que és livre e contigo levaste minha alma e deixaste negro de dor um coração que era teu; que é teu.

Satã diz que o amor é o pior veneno. E, sim, concordo. Sinto que minha alma foi vendida por cêntimos e não tenho mais nada a sentir ou a viver.
Fizeste um pacto com o meu amor e com o meu coração, que cobriste com o sangue das minhas lágrimas. Agora, pergunto aos céus se estás aí?

Porque eu estou a ver-te, mas não quero quebrar esta barreira de escuridão que tenho entre mim e o mundo.

No fim de tudo, sei que somos opostos – tu és solve e eu sou coagula."