A história do Red Selvedge

A origem da história do Red Selvedge Denim começa com o antigo tear de lançadeira criado nos finais do século XIX.

 

Esta máquina era capaz de produzir denim mais pesado e tecido de maneira mais apertada, com tiradas mais longas, mas, no entanto, com largura bastante estreita.

 

Na verdade, o denim era tão estreito (aprox. 75cms) que, com a finalidade de maximizar o uso do tecido, o fabricante de jeans tinha de tecer todo o tecido até as ourelas o que, consequentemente, resultou que as mesmas passassem a fazer parte do corpo útil do tecido. As ourelas dos denims não-Selvedge não eram tão fechadas e por isso esfiapavam com facilidade. No Selvedge Denim, a continuidade do fio conferia firmeza às ourelas (daí o termo "self-edge" ou Selvedge), diminuindo a probabilidade das extremidades se desfazerem. Teares SAURER produzidos na Suíça (foto) e teares Americanos DRAPER continuam ainda a tecer este belo tecido em Itália e em outros países.

 

O ritmo de produção ainda hoje é lento; devido ao facto de as lançadeiras revezarem-se durante a tecelagem após conclusão do fio de cada uma, são visíveis emendas nas ourelas a intervalos regulares. A juntar a esse efeito, o tecido está sujeito a uma percentagem maior de imperfeições devido à natureza da produção. No entanto, tais condições são amplamente aceites como característica intrínseca do produto e reconhecidas pela indústria.

 

Os puristas do denim tendem a utilizar o Red Selvedge Denim em estado bruto a fim de manter o seu verdadeiro espírito, tendo sido os Japoneses pioneiros na exploração comercial do conceito, pelo que hoje associa-se frequentemente o ambiente Red Selvedge Denim ao Japão. O conceito tornou-se entretanto global e transversal nas coleções de prestigiadas marcas de diferentes segmentos, resultando atualmente numa elevada procura do produto.